27 março 2008

Estreia da Semana


Cate Blanchett
Todd Haynes, "I'M Not There" (EUA 2007)

Cinco actores e uma actriz dão corpo à vida e obra de Bob Dylan.

26 março 2008

Há Sombras na Cinemateca


John Cassavetes, Shadows (versão de 1959, EUA)

Na proxima 5ª Feira o programa é escolhido entre um dos lados da Avenida da Liberdade. Para quem já não foi a tempo de apanhar os bilhetes para o concerto do Coliseu de Lisboa, há uma solução, optar pelo imperdível filme de Cassavetes e deixar-se envolver pelo improviso do jazz e das imagens, num preto e branco intenso.
Na sua primeira longa metragem Cassavetes, de câmara na mão, em busca dos corpos, rompe com a linguagem clássica do cinema, abrindo portas a uma nova corrente de cinema independente americano. E isto, era só o principio, obras grandes, muito grandes, tanto como a própria vida, o amor e a loucura se seguiram.


«SHADOWS foi a primeira longa-metragem de John Cassavetes, e para muitos o começo da obra do cineasta confunde-se com o nascimento do “novo” cinema independente americano. SHADOWS seria, assim, o seu manifesto. Nesta sua estreia, Cassavetes utilizou técnicas do “cinema directo” e inaugurou um modo de trabalhar com os actores (onde a improvisação é um dado importante) que se tornou porventura na sua mais legítima marca distintiva.» (Folhas da Cinemateca)

Cinemateca Portuguesa, 27 Mar

18 março 2008

La Belle Noiseuse


Jacques Rivette, "La Belle Noiseuse" (Fr 1991)

«Um dos filmes mais célebres do cineasta francês, e certamente o mais popular em muitos anos. Vagamente adaptado de uma história de Balzac, LA BELLE NOISEUSE estrutura-se num “duelo” entre um pintor (Michel Piccoli) e o seu modelo (Emmanuelle Béart). E o filme é tanto sobre o que passa, epidermicamente, através dessa relação, tensa e desgastante, como uma espantosa reflexão sobre a criação artística e o “segredo” das grandes obras de arte.» (Folhas da Cinemateca)

Cinemateca Portuguesa, 19 Mar

14 março 2008

American Pink Moon




Pois, ao que parece já havia suspeitas, mas agora estão confirmadas.
Mark Eitzel, lider dos American Music Club, confessou, em entrevista à revista HARP, como Nick Drake foi e continua ainda uma referência.

«For me, the thing about music is mystery. I like the feeling that there’s some kind of true communication that comes from nowhere. And with Nick, you always feel like you’re balanced on the horizon, watching the sun fall; he always seems to sink beyond the horizon, in a really simple way. A messenger of real truth—it’s something you barely hear in this lifetime.»

13 março 2008

What a Great Escape



Patrick Watson
Hoje - Aula Magna 22h

Estreia da Semana


José Nascimento, "Lobos" (Por 2008)


Bruno de Almeida, "The Lovebirds" (EUA,Por 2007)

11 março 2008

Roma, Cidade Aberta



Roberto Rossellini, Roma, Cidade Aberta (Itália 1945)

«Realizado imediatamente a seguir ao fim da Segunda Guerra Mundial, ROMA, CITTÀ APERTA, uma das obras-primas absolutas de Rossellini, é o filme que lança aquilo a que se convencionou chamar o “neo-realismo”. História de resistência durante a ocupação nazi, com um padre e um comunista aliados na causa comum e ANNA MAGNANI num dos seus papéis mais emblemáticos - a sequência da sua morte é das mais prodigiosas na obra de Rossellini. No cinema italiano, recém- -saído do “escapismo” do cinema do período fascista, ROMA, CITTÀ APERTA teve o efeito de uma bomba. O seu poder emocional continua intacto.» (Folhas da Cinemateca)

Cinemateca Portuguesa, 11 Mar

I'm Your Man



Segundo avança a edição on-line do Blitz, está anunciada a presença de Leonard Cohen em Portugal, a 19 Julho, no Passeio Marítimo de Algés.

http://www.leonardcohenfiles.com/tour2008-1.html

10 março 2008

Places


"C'est par la musique qu'a commencé l'indiscipline" (Heraclito)


"A ética é estar à altura do que nos acontece" (Gilles Deleuze)

Metro Parque

J' Suis Snob


Boris Vian
(10.03.1920 - 23.06.1959)

Journal D’Une Femme de Chambre - Bunuel


Jeanne Moreau, Luis Buñuel, "Journal D’Une Femme de Chambre" (Fr 1968)

«Depois de Jean Renoir, foi a vez de Luis Buñuel adaptar o romance homónimo de Octave Mirbeau, a história de Céléstine (Jeanne Moreau) que chega a uma pequena cidade da Normandia para servir na mansão de proprietários, tornando-se o agente revelador dos vícios e torpezas da burguesia rural. Para além disto, o filme é também uma espécie de ajuste de contas de Buñuel com a Action Française, organização de extrema-direita que atacara o seu filme L´ÂGE D’OR.» (Folhas da Cinemateca)

Cinemateca Portuguesa, 10 Mar

05 março 2008

Blue Sky


Mira,2007

Hoje o céu está mais azul



"How You Gonna Keep 'Em Down On The Farm", 'Soldier On' (2007) Andrew Bird

04 março 2008

Há Fantasmas (Apaixonados) na Cinemateca...


Joseph L. Mankiewicz, The Ghost And Mrs Muir (EUA 1947)

«De todas as artes, o cinema é a mais onírica. E essa dimensão nunca existiu tanto como nos filmes ‘germanizados’ ou germanizantes feitos em Hollywood nos forties. Joseph L. Mankiewicz (1909-1993), o realizador de The Ghost and Mrs. Muir (1947) e que só agora nomeio, não era alemão, mas descendia de alemães e na Alemanha se formou. Toda a sua vida procurou o cinema total. Apesar de muitas outras obras-primas, nunca esteve tão perto como neste filme de que disse recordar sobretudo “o vento, o mar e a procura de qualquer coisa de diferente”. “E as decepções que se tem”.
Não há filme mais triste. Não há filme mais bonito. Deixem-me ficar ao pé da mulher que nasceu tarde de mais para atravessar os sete mares e para ver o sol da meia-noite. Deixem-me ficar ao pé do capitão que morreu cedo de mais para poder beijar ou para poder deitar-se com ela. Ou deixem-me acreditar que não há cedo nem tarde e que o único amor que existe – porque é o único em que acreditamos que existe – é o amor surreal, esse que Rex Harrison e Gene Tierney encontram no final, quando desaparecem na névoa, atravessada a última porta.»
João Bénard da Costa, Os Filmes da Minha Vida – 2.º Vol (Assírio&Alvim 2007)

Apaixonei-me por este filme ainda antes de o ver. Conheci-o pela crónica semanal de Bénard da Costa na revista do jornal Independente, e não mais me abandonou. Vi-o só mais tarde, numa sessão da cinemateca e serviu apenas para confirmar tudo o que já sabia!

Cinemateca Portuguesa, 05 Mar

Monumental música que acompanha o filme, da responsabilidade de Bernard Herrmann