27 maio 2008

Le Temps des Cerises


Foto: A. Silva

Quand nous chanterons le temps des cerises,
Et gai rossignol, et merle moqueur
Seront tous en fête!
Les belles auront la folie en tête
Et les amoureux du soleil au cœur!
Quand nous chanterons le temps des cerises
Sifflera bien mieux le merle moqueur!

Mais il est bien court, le temps des cerises
Où l`on s`en va cueillir en rêvant
Des pendants d`oreilles…
Cerises d`amour aux robes pareilles,
Tombant sous la feuille en gouttes de sang…
Mais il est bien court, le temps des cerises,
Pendants de corail qu`on cueille en rêvant!

Quand vous en serez au temps des cerises,
Si vous avez peur des chagrins d`amour,
Evitez les belles!
Moi qui ne crains pas les peines cruelles
Je ne vivrai pas sans souffrir un jour…
Quand vous en serez au temps des cerises
Vous aurez aussi des chagrins d`amour!


J’aimerais toujours le temps des cerises,

C’est de ce temps-là que je garde au cœur
Une plaie ouverte!

Et dame Fortune, en m’étant offerte
Ne saurait jamais calmer ma douleur…

J’aimerai toujours le temps des cerises
Et le souvenir que je garde au cœur!



Letra: Jean-Baptiste Clément (1866)
Música: A. Renard



Bobbejaan Schoepen e Geike Arnaert
Interpretam aquela que se tornou o hino da Comuna de Paris



15 maio 2008

Estreia da Semana


François Ozon, Angel (Bélg 2006)
Já exibido no Indie Lisboa 2007, na categoria Observatório.



Jeanne Waltz, Pas Douce (Fr 2007)
Já exibido no Indie Lisboa 2007, na categoria Competição.




Paolo Marinou-Blanco, Goodnight Irene (Por 2008)

14 maio 2008

Cannes



Arranca hoje a 61ª edição do Festival de Cannes, que decorre até ao próximo dia 25 de Maio.
O poster do festival pretende ser uma homenagem ao realizador David Lynch. Trata-se de uma fotografia de Lynch, adaptada por Pierre Collier.

A selecção oficial de filmes distribui-se por várias categorias, onde se destacam apenas alguns filmes.

Competição:

ADORATION, Atom Egoyan (realizador do bizarro Exótica onde num bar de strip se dança ao som de Leonard Cohen)
BLINDNESS, Fernando Meireles
(a partir da obra “Ensaio sobre a Cegueira”, de Saramago)
LA FRONTIÈRE DE L'AUBE, Philippe Garrel
(realizador de filmes que foram marcos, como Les Amants Réguliers, J’entends Plus La Guitare ou La Cicatrice Intériore, que conta com a participação de Nico, companheira do realizador durante vários anos)
LE SILENCE DE LORNA, Jean-Pierre et Luc Dardenne
(realizadores de A Promessa, Rosseta e A Criança)
PALERMO SHOOTING, Wim Wenders

TWO LOVERS, James Gray
(Litlle Odessa, We Own The Night, em exibição nas salas)
L'ÉCHANGE, Clint Eastwood


Serão ainda apresentados muitos outros filmes, fora da competição tais como Tokyo!, uma realização conjunta de Leos Carax, Michel Gondry e Joon Ho Bong; Vicky Cristina Barcelona, Woody Allen; Maradona by Kusturica, Emir Kusturica; Surveillance, Jennifer Lynch, Chelsea On The Rocks, Abel Ferrara.

13 maio 2008

Rock Bottom Riser - Smog


"Rock Bottom Riser", (Smog) A River Ain't To Much To Love (2005)

Bill Callahan
Santiago Alquimista, Lisboa - 01 Jun
Thatro Circo, Braga - 02 Jun

09 maio 2008

Masurca Fogo



Com música de Duke Ellington, K.D.Lang, Lisa Ekdahl, Nicolette, Amália Rodriguez, Alfredo Marceneiro, entre outros

Masurca Fogo
Pina Bausch
Hoje, 21h CCB

The Young One - Bunuel


«Um dos títulos menos vistos, e porventura mais negligenciados, de Buñuel. O que é um erro, porque é não só um Buñuel de corpo inteiro como é um dos filmes em que a sua audácia atinge os níveis mais estarrecedores. Hipotética variação sobre o tema de “Lolita” (alguns anos antes do filme de Kubrick), LA JOVEN/THE YOUNG ONE é um filme sobre a fragilidade da “civilização” face aos instintos humanos mais básicos, e como tantas vezes na obra do realizador, um filme onde a moral mete os pés pelas mãos.» (Folhas da Cinemateca)

«Muitas pessoas pensam que The Young One foi filmado na Carolina do Sul, nos Estados Unidos. Não é verdade, o filme foi inteiramente realizado na região de Acapulco e nos estúdios Churubusco, na Cidade do México. Pepper foi o produtor. Butler escreveu o guião comigo.
Os técnicos eram todos mexicanos e os actores eram americanos, exceptuando Claudio Brook, que fazia de reverendo e falava um inglês perfeito. Eu voltaria a trabalhar com Claudio várias vezes, em Simón del Desierto, El Angel Exterminador e A Via Láctea.
A actriz que fazia de jovem rapariga tinha treze ou catorze anos, não tinha qualquer experiência de representação nem qualquer talento particular. Além disso, os seus temíveis pais não a perdiam de vista um segundo que fosse, obrigavam-na a trabalhar com zelo e a obedecer escrupulosamente às indicações do realizador. Por vezes ela chorava. Talvez seja à conjugação destes factores – a sua inexperiência e o seu receio – que se deve a sua admirável presença no filme.
Hoje fica muito bem a qualquer um dizer que é antimaniqueísta. Qualquer pequeno escritor que escreve um primeiro pequeno livro faz-nos notar que, na opinião dele, não há pior coisa que o maniqueísmo (sem saber aliás muito bem o que é). Esta moda tornou-se tão comum que há momentos em que sinto uma vontade sincera de me proclamar maniqueísta, e agir em conformidade.
Seja como for, dentro do sistema moral americano, perfeitamente codificado na sua expressão cinamematográfica, havia os bons e os maus. The Young One pretendia reagir contra esse velho hábito. O Negro era bom e mau, bem como o Branco que dizia ao Negro, no momento em que este último ia ser enforcado por causa de uma alegada violação: “Não consigo ver-te como um ser humano”.
Esta recusa do maniqueísmo foi provavelmente o principal motivo do fracasso do filme. Saiu em Nova Iorque no Natal de 1960 e foi alvo de ataques vindo de todas as direcções. A bem dizer, ninguém gostou do filme. Um jornal de Harlem até escreveu que deviam pendurar-me de cabeça para baixo num poste de iluminação pública na Quinta Avenida. Reacções violentas que toda a vida me assediaram.
Foi, porém um filme que fiz com amor. Mas não teve sorte. O sistema moral não podia aceitá-lo. Não teve mais sucesso na Europa, e hoje em dia é muito raro ser exibido.»
Luís Bunuel, O Meu Último Suspiro, Fenda (2006)


Na impossibilidade de obter a música que surge no filme - Sinner Man, cantada por Léon Bibb, deixo aqui a versão de Nina Simone. Só para reforçar, ainda mais, o quanto este filme é delicioso e imperdível!

Cinemateca Portuguesa, 10 Mai

08 maio 2008

À Bout de Souflle






Jean Seberg





Jean Seberg e Jean-Paul Belmondo

Jean-Luc Godard, À Bout de Souflle (Fr 1960)

«Ao lado de LES 400 COUPS, este é o grande “filme-símbolo” da Nouvelle Vague e um dos filmes que abre as portas do cinema moderno. Foi o primeiro sinal de que, como escreveu Serge Daney, este novo cinema não só não se contentava em sacudir o “antigo”, como ameaçava, literalmente, destruí-lo. À BOUT DE SOUFFLE é um dos filmes que melhor ilustra as consequências práticas e teóricas dos postulados da Nouvelle Vague, fazendo “explodir” o cinema para depois o reinventar. A primeira longa-metragem de Godard resultava, por si mesma, num dos momentos mais decisivos da história do cinema, com Belmondo recriando também um mito clássico, o de Bogart.» (Folhas da Cinemateca)



"Vivre dangeureusement jusqu'au bout!"

"Si vouz n'aimez pas la mer, si vous n'aimez pas la montagne, si vous n'aimez pas la campagne, allez vous faire foutre!"

Cinemateca Portuguesa, 08 Mai

07 maio 2008

Em Repeat



Para ouvir até alguém perguntar - "É sempre a mesma cantiga?"

Os Beach House são autores de canções em estado de graça absoluto. Música viciante, cola-se à pele, escorre lânguida...

Alguém (please, please) que os traga cá rapidamente! Ainda que seja num qualquer festival gastronómico em Vila do Conde, como aquando de Mojave 3.

Canções como
Tokyo Witch, do primeiro albúm (2006) ou Gila são para ouvir muitas vezes!



Gila - Beach House, Devotion (2008)

06 maio 2008

Tom Waits



Numa peculiar conferência de impressa Tom Waits anunciou a tourné a realizar nos EUA.

Espera-se (ansiosamente) outra do género, para anunciar as datas para a Europa!!

05 maio 2008

She's Dancing



Café Müller
Pina Bausch

Hoje, 21h Teatro S. Luiz