
Moon Pulls - Múm, Go Go Smear the Poison Ivy (2007)
I saw it written and I saw it say Pink moon is on its way And none of you stand so tall Pink moon gonna get you all It's a pink moon Yeah it's a pink, pink, pink pink, pink moon
Ingmar Bergman (Alem. 1980)
«Um dos mais estranhos e sombrios filmes de Ingmar Bergman, sobre um homem que mata uma prostituta, e cujas complexas motivações vão ser exaustivamente analisadas pelo psiquiatra que o trata.» (Folhas da Cinemateca)
Filme fortemente marcado pelo rigor de Bergman, onde as personagens encaram directamente a câmara, como se num confronto com o espectador.
A vida, a morte, a loucura, o sexo, o amor, a psicanálise, os recalcamentos... está lá tudo!!!
Cinemateca Portuguesa, 29 Nov.
A não perder!
«Depois da sua primeira exibição na Galeria Filomena Soares em 2003, integrada no ciclo de exposições “Universal Strangers” comissariada por Rosa Martinez, apresentamos o último trabalho realizado pela artista, com o título “Zarin”. A exposição será composta pela projecção do seu mais recente filme “Zarin” e um grupo de fotografias do mesmo projecto.
O trabalho de Shirin Neshat refere-se aos códigos sociais, culturais e religiosos do Islão e da complexidade de certas oposições, tais como o homem e a mulher. Neshat procura muitas vezes resolver tecnicamente este confronto social com a projecção dos filmes dispostos de forma concorrente, criando desta forma contrastes visuais baseando-se em valores tais como Claro/Escuro, Preto/Branco, Macho/Fêmea.
Na continuação do uso da cultura do Irão – seu país de origem - como inspiração, os seus mais recentes filmes pretendem reconstruir uma aproximação mais universal a noções de identidade, sociedade, refúgio e utopia. Afastando-se dos grupos visuais de mulheres cobertas com burkas e homens de camisa branca, os seus novos filmes desistem de representações de análise gramatical para favorecer uma narrativa tradicional mais forte e caracterizações de maior distinção, utilizando a narrativa ficcional como ponto de partida. Trabalhando sobre os temas, explorou em vídeo e em fotografia a sua interpretação do realismo mágico das histórias a que juntou o forte carácter visual, com o objectivo de criar filmes que pertencessem quer à categoria de cinema como à de arte. No entanto vivem ainda nos seus trabalhos a interacção visceral e emocional entre o observador e as personagens que a artista descreve, assim como a sua expressão poética, filosófica e metafórica e complexos níveis de abstracção intelectual.
Zarin, 2005, é a história de uma jovem mulher que trabalha como prostituta desde a sua infância. O filme traça a sua lenta desintegração até ao delírio psíquico. Destruída pela culpa das suas acções e pelo forte desejo de salvação, a sua loucura é manifestada pela sua percepção do mundo em seu redor. Narrando a história da destruição com um imaginário quer gráfico como belo, Neshat evoca o tormento de uma mulher tão torturada pelo seu papel na sociedade, acabando por se sentir completamente imobilizada. Com os homens que se cruzam na sua vida a aparecer sem rosto, os sentimentos de horror, vergonha e culpa apoderam-se desta personagem. Julgando ser uma punição de Deus, ela foge do bordel para um balneário público. Numa atitude de desespero, esfrega a sua carne viva e ensanguentada, tentando desta forma compensar o seu passado, contudo, ela é profundamente afundada na loucura, e por fim luta pela sua redenção.»
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