I saw it written and I saw it say
Pink moon is on its way
And none of you stand so tall
Pink moon gonna get you all
It's a pink moon
Yeah it's a pink, pink, pink
pink, pink moon
Foto: A. Silva Quand nous chanterons le temps des cerises, Et gai rossignol, et merle moqueur Seront tous en fête! Les belles auront la folie en tête Et les amoureux du soleil au cœur! Quand nous chanterons le temps des cerises Sifflera bien mieux le merle moqueur!
Mais il est bien court, le temps des cerises Où l`on s`en va cueillir en rêvant Des pendants d`oreilles… Cerises d`amour aux robes pareilles, Tombant sous la feuille en gouttes de sang… Mais il est bien court, le temps des cerises, Pendants de corail qu`on cueille en rêvant!
Quand vous en serez au temps des cerises, Si vous avez peur des chagrins d`amour, Evitez les belles! Moi qui ne crains pas les peines cruelles Je ne vivrai pas sans souffrir un jour… Quand vous en serez au temps des cerises Vous aurez aussi des chagrins d`amour!
J’aimerais toujours le temps des cerises,
C’est de ce temps-là que je garde au cœur Une plaie ouverte!
Et dame Fortune, en m’étant offerte Ne saurait jamais calmer ma douleur…
J’aimerai toujours le temps des cerises Et le souvenir que je garde au cœur!
Arranca hoje a 61ª edição do Festival de Cannes, que decorre até ao próximo dia 25 de Maio. O poster do festival pretende ser uma homenagem ao realizador David Lynch. Trata-se de uma fotografia de Lynch, adaptada por Pierre Collier.
A selecção oficial de filmes distribui-se por várias categorias, onde se destacam apenas alguns filmes.
Competição:
ADORATION, Atom Egoyan (realizador do bizarro Exótica onde num bar de strip se dança ao som de Leonard Cohen) BLINDNESS, Fernando Meireles (a partir da obra “Ensaio sobre a Cegueira”, de Saramago) LA FRONTIÈRE DE L'AUBE, Philippe Garrel (realizador de filmes que foram marcos, como Les Amants Réguliers, J’entends Plus La Guitare ou La Cicatrice Intériore, que conta com a participação de Nico, companheira do realizador durante vários anos) LE SILENCE DE LORNA, Jean-Pierre et Luc Dardenne (realizadores de A Promessa, Rosseta e A Criança) PALERMO SHOOTING, Wim Wenders TWO LOVERS, James Gray (Litlle Odessa, We Own The Night, em exibição nas salas) L'ÉCHANGE, Clint Eastwood
Serão ainda apresentados muitos outros filmes, fora da competição tais como Tokyo!, uma realização conjunta de Leos Carax, Michel Gondry e Joon Ho Bong; Vicky Cristina Barcelona, Woody Allen; Maradona by Kusturica, Emir Kusturica; Surveillance, Jennifer Lynch, Chelsea On The Rocks, Abel Ferrara.
«Um dos títulos menos vistos, e porventura mais negligenciados, de Buñuel. O que é um erro, porque é não só um Buñuel de corpo inteiro como é um dos filmes em que a sua audácia atinge os níveis mais estarrecedores. Hipotética variação sobre o tema de “Lolita” (alguns anos antes do filme de Kubrick), LA JOVEN/THE YOUNG ONE é um filme sobre a fragilidade da “civilização” face aos instintos humanos mais básicos, e como tantas vezes na obra do realizador, um filme onde a moral mete os pés pelas mãos.» (Folhas da Cinemateca)
«Muitas pessoas pensam que The Young One foi filmado na Carolina do Sul, nos Estados Unidos. Não é verdade, o filme foi inteiramente realizado na região de Acapulco e nos estúdios Churubusco, na Cidade do México. Pepper foi o produtor. Butler escreveu o guião comigo. Os técnicos eram todos mexicanos e os actores eram americanos, exceptuando Claudio Brook, que fazia de reverendo e falava um inglês perfeito. Eu voltaria a trabalhar com Claudio várias vezes, em Simón del Desierto, El Angel Exterminador e A Via Láctea. A actriz que fazia de jovem rapariga tinha treze ou catorze anos, não tinha qualquer experiência de representação nem qualquer talento particular. Além disso, os seus temíveis pais não a perdiam de vista um segundo que fosse, obrigavam-na a trabalhar com zelo e a obedecer escrupulosamente às indicações do realizador. Por vezes ela chorava. Talvez seja à conjugação destes factores – a sua inexperiência e o seu receio – que se deve a sua admirável presença no filme. Hoje fica muito bem a qualquer um dizer que é antimaniqueísta. Qualquer pequeno escritor que escreve um primeiro pequeno livro faz-nos notar que, na opinião dele, não há pior coisa que o maniqueísmo (sem saber aliás muito bem o que é). Esta moda tornou-se tão comum que há momentos em que sinto uma vontade sincera de me proclamar maniqueísta, e agir em conformidade. Seja como for, dentro do sistema moral americano, perfeitamente codificado na sua expressão cinamematográfica, havia os bons e os maus. The Young One pretendia reagir contra esse velho hábito. O Negro era bom e mau, bem como o Branco que dizia ao Negro, no momento em que este último ia ser enforcado por causa de uma alegada violação: “Não consigo ver-te como um ser humano”. Esta recusa do maniqueísmo foi provavelmente o principal motivo do fracasso do filme. Saiu em Nova Iorque no Natal de 1960 e foi alvo de ataques vindo de todas as direcções. A bem dizer, ninguém gostou do filme. Um jornal de Harlem até escreveu que deviam pendurar-me de cabeça para baixo num poste de iluminação pública na Quinta Avenida. Reacções violentas que toda a vida me assediaram. Foi, porém um filme que fiz com amor. Mas não teve sorte. O sistema moral não podia aceitá-lo. Não teve mais sucesso na Europa, e hoje em dia é muito raro ser exibido.»
Luís Bunuel, O Meu Último Suspiro, Fenda (2006)
Na impossibilidade de obter a música que surge no filme - Sinner Man, cantada por Léon Bibb, deixo aqui a versão de Nina Simone. Só para reforçar, ainda mais, o quanto este filme é delicioso e imperdível!
«Ao lado de LES 400 COUPS, este é o grande “filme-símbolo” da Nouvelle Vague e um dos filmes que abre as portas do cinema moderno. Foi o primeiro sinal de que, como escreveu Serge Daney, este novo cinema não só não se contentava em sacudir o “antigo”, como ameaçava, literalmente, destruí-lo. À BOUT DE SOUFFLE é um dos filmes que melhor ilustra as consequências práticas e teóricas dos postulados da Nouvelle Vague, fazendo “explodir” o cinema para depois o reinventar. A primeira longa-metragem de Godard resultava, por si mesma, num dos momentos mais decisivos da história do cinema, com Belmondo recriando também um mito clássico, o de Bogart.» (Folhas da Cinemateca)
"Vivre dangeureusement jusqu'au bout!"
"Si vouz n'aimez pas la mer, si vous n'aimez pas la montagne, si vous n'aimez pas la campagne, allez vous faire foutre!"